Empreender é muito, mas muito mais que abrir uma empresa

Empreender é muito, mas muito mais que abrir uma empresa

Você não precisa ter uma empresa para poder empreender.

Essa frase pode parecer estranha, porque o senso comum nos diz que o empreendedor é aquele cara que começou seu próprio negócio do zero e fez fortuna.

Se você pensa assim, vem comigo porque neste artigo eu vou te fazer um convite especial e te mostrar que empreender é um processo que acontece muito mais dentro da gente do que fora. O que vem depois é só uma forma de instrumentalizar uma nova postura que você passa a diante do mundo.

Servir antes de tudo

Quando você adota uma postura mais propositiva na vida e encara ativamente os desafios, começa a construir sua autonomia. Ser empreendedor significa, antes de tudo, usar seu talento para servir aos outros. Nesse caminho de interação, você se desenvolve, expande a sua rede e também ajuda outras pessoas a se desenvolverem.

Ao quebrar a passividade, você começa a estabelecer vínculos mais significativos. Isso é a base de qualquer empreendimento. Se o que você faz não resolve a dor de alguém, então não tem serventia alguma. É apenas um desperdício do seu talento.

Eu aprendi na minha trajetória que só somos bem-sucedido como empreendedor, quando estabelecemos relações de ganha-ganha-ganha. Isso significa que ganho eu, o outro e o ecossistema.

Mas para isso acontecer é preciso que as relações se deem de igual para igual, de forma voluntária. O que nos leva ao próximo ponto.

Empreender é desenvolver sua autonomia

Durante uma boa parte da minha carreira, eu fui só um executor de demandas. Não refletia sobre o que me pediam para fazer. E tinha medo de dizer “não”. Essa forma de agir quase tirou minha vida, como já contei aqui em outro artigo.

Vou fazer um rápido resumo para te contextualizar: depois de noites viradas para entregar um projeto, causei um acidente com três carros. O pior de tudo: o projeto nunca foi pro ar.

Essa história me ajudou a enxergar que temos, antes de tudo, que desenvolver e preservar uma postura crítica sobre as demandas. E isso é parte de ter uma mentalidade empreendedora. Você tem que saber ponderar todos os lados e ter autonomia para propor alternativas, sem se tornar refém do medo do fracasso.

Esse tipo de visão você pode ter mesmo em um emprego formal. A partir do momento em que você deixa de agir como um robô executor de demandas e se coloca com um solucionador de problemas, você começa a gerar valor. Passa a ver seu chefe como um cliente e começa a focar no resultado prático que seu trabalho gera para a empresa.

Empreender é a expressão do “eu” no “nós”

Um empreendimento é, antes de tudo, uma projeção dos nossos talentos em interação com o mundo. Quando nos privamos de manifestar nosso potencial no mundo, todo mundo perde.

Como todos vivemos em um ecossistema, tudo o que eu faço pode servir de insumo para impulsionar as realizações de outras pessoas. Por isso que, quando alguém desiste de tentar ou de começar a gerar valor por meio do seu trabalho, há uma perda geral de possibilidades.

Esse processo acaba por limitar o seu próprio desenvolvimento como pessoa. O resultado é que você reduz a sua própria autonomia. A sua liberdade, que é a quantidade de caminhos possíveis para sua vida, fica limitada.

Nesse sentido, empreender é antes de tudo uma necessidade para quem quer ter uma vida plena. Não é a caminho mais fácil, mas é o que te fará uma pessoa mais completa, mais consciente das suas possibilidades e mais livre para traçar seu próprio destino.

Grande Abraço, HB!